NOTÍCIA

Abaixo-assinado de funcionários tenta barrar travesti na BA

Objetivo era evitar que colega usasse banheiro feminino

por João Marinho

ReproduçãoParece brincadeira, mas o direito privado de simplesmente usar o banheiro se tornou polêmica no Shopping Barra, em Salvador/BA.

Tudo porque um grupo de 21 funcionários do shopping realizou um abaixo-assinado para impedir uma colega travesti, que trabalha numa lanchonete no estabelecimento, de usar o banheiro feminino.

Marcelo Cerqueira, presidente do Grupo Gay da Bahia, repudiou a atitude dos funcionários. ?É uma atitude perigosa [...]. Atenta contra o direito de construção de uma identidade de uma minoria de pessoas, que já sofre com o preconceito. Considero desumano?. Cerqueira também destacou que a atitude não representa a opinião de lojistas e comerciários do Barra.

Em nota, o Shopping Barra, amparado pelo princípio constitucional da dignidade humana, respondeu que não pretende adotar nenhuma postura para impedir o acesso da travesti ao sanitário do shopping.

Em São Paulo, os banheiros também viraram polêmica. A modelo Giovanna Über, 21 anos, moradora de Mogi das Cruzes divulgou no fim de dezembro ter sido discriminada no uso do sanitário feminino em agosto/2013, quando foi assistir, na Record, à gravação dos programas ?O Melhor do Brasil? e ?Legendários?. Segundo Über, ela foi impedida de entrar no banheiro feminino por um funcionário da emissora, que a expor publicamente ao vexame.

A denúncia de discriminação praticada por seguranças da Rede Record foi encaminhada para a Coordenação de Políticas para a Diversidade Sexual da Secretaria de Justiça e Defesa da Cidadania d de São Paulo tendo como base a lei estadual 10.948/01, que pune a discriminação no estado.

Ainda no nordeste, neste começo de ano, uma transexual e uma lésbica foram discriminadas pela direção da escola estadual Monsenhor Odilon Alves Pedrosa, na Paraíba. Confira abaixo a reportagem em vídeo.


Imagens: reprodução