CONTO ERÓTICO


Spanking

por Jonas Ferdinando

Fazia dois meses que eu e o mestre havíamos nos encontrado. Na ocasião, ele me perguntou se eu queria uma sessão esporádica ou um treinamento. “Treinamento”, respondi.

O treinamento correspondia a três sessões. Se eu suportasse todas, ganhava a coleira. Então, estava eu ali, no quarto de um hotel, aguardando ansioso por ele e pela segunda sessão, sobre a qual já sabia algo. Várias vezes, senti um frio na minha barriga, umedecida pelo banho que tomei previamente, esperando sentado na cama.

Minutos depois, ele chega. Continua lindo – e me abraça e me beija. O mestre percebe, então, a ausência de roupa íntima. “Está sem cueca?!”. “Sim. Tirei porque tomei banho”. Mal termino de falar, ele puxa meu cabelo pra trás: “Sabe qual o tema da sessão de hoje?”. “Spanking”. “Isso mesmo. E começa agora!”.

Dois tapas fortes estalam, um em cada face. Ele puxa mais meu cabelo. “Quem mandou não usar cueca?”. “Ninguém, senhor”. “Não sabe que eu gosto de cueca?” “Sim, senhor”. Volta a dar dois tapas, mais fortes. Meu rosto queima. Dá uma rápida pausa e bate de novo. O mestre, então, me manda tirar a roupa, e, na seqüência, me joga ao chão e me manda tirar seu tênis.

Faço como na primeira sessão. Submisso, tiro os tênis e as meias. Enquanto ele tira a própria camisa, me manda deitar no piso – de costas, mãos estendidas ao lado do corpo. Ele, então, pisa em mim. Força o pé contra meu rosto e sinto a pressão perto das têmporas. “Aí é seu lugar, debaixo dos meus pés”. Sinto de novo aquela sensação de medo e excitação.

Agora, é hora de me virar. O mestre pisa no meu peito, na cabeça, nos testículos. Pergunta o que estou sentindo: “Sinto todo o seu peso, senhor”, respondo, com voz sufocada. Ele me encara e pisa com um pouco mais de força.

Súbito, decreta: “De quatro, na cama!”. Obedeço, enquanto ele tira seus anéis da mão. “Tiro os anéis pra não tirar sangue”, justifica – e desfere uma palmada nas minhas nádegas. Duas, três, quatro... Arde, dói, e eu gemo alto, quase gritando.

Quando se dá por satisfeito, o mestre me manda ir para o meio da cama. Não olho para trás, pois não quero desagradá-lo Apenas percebo que ele retira um creme e sinto seu primeiro dedo penetrando meu cuzinho. “O que estou fazendo?”. “Alargando o cu que é seu”. Foi o que ele me ensinou da primeira vez. “Isso”, responde, satisfeito.

Passou alguns minutos me dedando e arrancando gemidos de prazer das minhas entranhas – e, então, sinto uma forte fisgada e um pouco de dor. A penetração havia começado. “Respire fundo pelo nariz, solte pela boca”, ele manda. Obedeço, e o mestre enfia tudo! Começa a bombar com força, puxando meu cabelo e me fazendo olhar para o espelho. Eu gemo, quase sem fôlego.

Sou, então, jogado na cama e virado de frango assado. Ele mete de uma vez, o pau alargando meu cu. Pergunta o que sinto, e é exatamente o que lhe digo. Excitado, ele começa a desferir tapas em meu rosto. Eu me contorço, num misto de prazer, dor e humilhação.

Nova ordem. Agora, é pra eu deitar na cama. Ele fode profundamente e se esfrega em mim, enquanto beija meu pescoço e orelha. Chego quase a gozar friccionando meu pau no colchão – mas, antes que aconteça, ele decreta: “Vem pra trás, devagar – mas meu pau não deve sair do seu cu. Se sair, você vai apanhar muito”.

Com receio e de pau duro, vou me movimentando lentamente pra trás, com o mestre encaixado, até sairmos da cama. Ele me faz apoiar as mãos na parede e bomba com mais força. Manda eu pôr as mãos no chão – e mete sem dó. Ele faz tão forte que começo a perder o equilíbrio. Peço autorização para lhe dizer isso. Ele não se abala: me joga na cama, novamente de quatro, na beirada – e goza fartamente: “Caraaaalho!”.

Depois de retirar a camisinha, deita-se a meu lado e põe um travesseiro embaixo de minha cabeça. Eu deito, cansado, o cu largo, sentindo como se as bombadas ainda estivessem sendo dadas. Como da primeira vez, não tenho autorização pra gozar. Ele pergunta se sinto algo. Conto pra ele, que sorri, carinhosamente. Agora, só falta uma sessão.