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Ex-goleiro Oliver Kahn diz não aconselhar gays a se assumirem no futebol

Na Alemanha, debate sobre homofobia no futebol ganha destaque no país

por Caio Delcolli

Com o crescente número de atletas saindo do armário, o preconceito contra LGBTs nos esportes está em pauta no meio esportivo.

Desta vez, o ex-goleiro alemão Oliver Kahn (foto), 44, disse à revista Gala que não aconselha atletas gays de seu país a saírem do armário publicamente. Ele comentou que a homossexualidade ainda é um assunto tabu na Bundesliga (campeonato alemão de futebol, a liga mais importante do país).

“A atmosfera no futebol é quente. Há rivalidades, o que pode levar as pessoas a fazerem coisas desagradáveis”, comentou. “Acima disso, como ele vai lidar com patrocinadores? O que isso significa para a carreira? A situação é mais difícil do que parece à primeira vista.” Kahn ainda disse que, embora a homossexualidade encontre tolerância na sociedade, seria “ingênuo” crer que no esporte profissional as coisas seriam semelhantes.

Recentemente, na Alemanha, um debate toma conta no universo do futebol: existem gays não assumidos jogando em grandes times do país, segundo um famoso jogador anônimo em entrevista à Fluter. E em julho, a Associação de Futebol da Alemanha lançou um folheto incentivando futebolistas homossexuais a saírem do armário “silenciosamente” no fim da temporada de jogos, para evitar a mídia e atenção do público.

Enquanto isso, na Rússia, os LGBTs vêm sido perseguidos e agredidos. Atitudes homofóbicas estão partindo desde o governo até a sociedade. Atletas e outros famosos estão se manifestando nos atuais eventos esportivos que acontecem no país.

Imagens: Reprodução Inside Spanish Football; Oliver Lang/AFP/Getty Images