por Kayke Divera
Eu já tinha até os nomes: Ágata, Heloísa, Letícia, Tainá e Alexandre.
Não sei por que quatro meninas e um menino. Mais fácil é dizer por que escolhi aqueles nomes. Sempre achei “Alexandre”, por exemplo, maravilhoso. Talvez uma identificação com Alexandre, o Grande ou... O fato de ter visto muitos Alexandres bonitos.
Um deles, conheci pela Internet. Dizia-se bi, era ativo, morava na mesma cidade que eu na época, vizinha a São Paulo. Tinha namorada. Para preservá-la, decidiu, apesar da proximidade, marcar comigo em uma das estações de metrô da capital. Temia ser visto.
Naquela época, scanners e troca de fotos não eram comuns.
“Como você vai estar?”. “Camisa azul-clara, mangas curtas, pasta semitransparente azul”, respondi. “Você?”. “Camiseta branca e tênis”.
Final da tarde, lá estava eu. A Estação Santana tem colunas de concreto perto das catracas. Era o ponto de encontro. Observei quem estava encostado: duas mulheres, um homem com bota de caubói, um rapaz de tênis: alto, cerca de 1,80 m, pele clara, braços fortes e com pêlos, peito largo, cavanhaque, boca cor-de-rosa, olhos verdes, cabelos escuros – mas a camiseta era vermelha. “Não é ele. Essas coisas não acontecem comigo”. Continuei esperando. O rapaz foi embora.
Não, não era ele.
Minutos depois, sinto uma mão no ombro. Era o rapaz de camiseta vermelha! “Você é o Kayke? Prazer, Alexandre”. Muito prazer! Não costumava transar no primeiro encontro, mas abri uma exceção.
Fomos a um hotel rústico, próximo ao antigo presídio, no vizinho bairro do Carandiru. Ele entrou na frente. Se não retornasse em cinco minutos, eu deveria entrar. “Quarto número 100”, disse-me o recepcionista.
“Obrigado”.
Alexandre abriu a porta. Estava lindo. A cueca era branca, e pude contemplar a exuberância de suas pernas peludas, bem torneadas, grossas. O peito também era coberto de pêlos macios que, descendo pela barriga, indicavam o local dos brinquedos.
O beijo foi ardente. As línguas roçavam-se, em convulsão. A cueca foi retirada em segundos e meus lábios encontraram um membro rijo, enorme, do qual suguei o delicioso néctar. Alexandre gemia diante das investidas de minha boca.
Novo beijo. Agora, eu que estava sem roupa. Virou-me e me pôs de quatro na cama, dominador. Lubrificou-me com sua doce saliva, sacou a camisinha e senti o invasor abrindo caminho por minhas carnes quentes, indefesas e trêmulas. Eu também gemia, embevecido em prazer e dor.
Alexandre caía sobre mim e me permitia provar, ao mesmo tempo, toda a sua rigidez a explorar meu corpo, seu peso, os pêlos roçando por minhas costas.
Bombava fundo, enquanto eu me masturbava freneticamente, extasiado pelo cheiro de sexo.
Com gemidos, verdadeiros gritos, veio o clímax. Caímos suados, cansados. Tudo eram fluidos. Encostei minha cabeça em seu peito viril. Não nos veríamos mais, mas nunca me arrependi de ter aberto a exceção.
Obs.: recomendamos práticas seguras em todos os contatos sexuais