CONTO ERÓTICO


Assalto erótico

por Augusto Monteiro

Não havia muito tempo que eu havia chegado do trabalho quando o telefone tocou.

– Alô? Gu? É o Claudinei! Tem compromisso pra sábado à noite?

– Ainda não...

– Então, não marcar nada! Combinei de encontrar um carinha e disse pro pessoal de casa que vou com você jogar futebol.

– Comigo?!

– É. Então, nada de ligar pros seus machos. Você é meu álibi!

Claudinei é um grande amigo que conheci no cinema pornô. Chegamos a ficar juntos, mas optamos por uma calorosa amizade. Não lhe podia negar um pedido.

O sábado chegou rápido. Oito horas da noite, nove horas, dez horas – e nada de o Clau telefonar! Eu, claro, não podia ligar pra ele. Estragaria a história toda. Imaginem minha situação: toda a minha família havia saído! E eu, em casa, sozinho, sem programa em plena noite de sábado...

Desencanei do Clau e fui pra internet. Num chat, me descrevi rapidamente: branco, 1,73 m de altura, pêlos no peito, braços e pernas, mas sem excessos, 70 kg.

Apareceu um interessado. Marquei com ele às 23h, na entrada do hipermercado Extra, que ficava nas redondezas. Tomei banho e saí de casa sem medo de ser feliz.

Levei o maior bolo! Esperei pelo carinha até quase meia-noite e nada... Mais tarde, soube por minha irmã que ele ligou e deixou recado, mas, naquele momento, tudo que sabia era que não tinha macho e meus hormônios estavam em fúria.

Por isso, fui até uma rua onde sabia que rolavam vááários encontros. Uns caras paravam os carros, outros entravam, e era festa garantida – mas, naquela noite, a tal rua estava um deserto. Decepcionado, sentei na guia da calçada, na esquina com a avenida principal.

De repente, sinto um vulto a meu lado. Estava tão distraído que nem o vi chegar. Era um rapaz alto, moreno-claro, mais ou menos 1,80 m, de boné e bem bonitinho. Pediu dinheiro para pagar a passagem de ônibus. Dei R$ 1 e trocamos umas ideias.

Lá pelas tantas, veio a pergunta: “Você sai com caras, faz programa”. “Faço” (àquela hora, não negava mais nada). “Quer fazer comigo?”.

Seguimos para uma pracinha perto da rua, atrás do muro de uma distribuidora de gás. Perto do muro, há uma depressão no terreno da pracinha, formando uma espécie de vala.

Havia, contudo, algo de estranho no meu acompanhante. Ele falava meio lento, voz embargada, parecia que tinha fumado maconha ou estava alcoolizado, mas ele me negou o uso de qualquer droga. Mesmo assim, meu “sexto sentido” apitou, dizendo que eu não devia ir. Era tarde. Os hormônios falaram mais alto.

Nunca soube o nome do cara, mas o que fizemos ali, na valetinha, é digno de nota. Ele era pouco afeito a beijos na boca, é verdade – mas gostava que explorassem seu corpo.

Comecei pelo pescoço. Era bem grosso, com um pomo de adão que saltava da garganta e fazia um conjunto harmonioso com o rosto angular, de traços másculos e barba por fazer.

Passei minha língua por tudo ali, arrancando-lhe gemidos de prazer.

Desci pelo peito nu. Era malhadinho, corpo de boy. Nenhum pelo, mas rijo como uma escultura de carne. Mordisquei os mamilos e chupei-os como dois morangos maduros.

Segui pela barriguinha sarada, de onde surgiam pelos castanho-claros que partiam do umbigo em direção ao tesouro maior.

Tirei suas calças e de lá saltou um pau branquinho, tão claro que deixava ver as veias. A cabeça cor-de-rosa babava e era grande, quase desproporcional. Parecia ter sido feita em uma fôrma, para arrombar sem piedade cuzinhos que lhe cruzassem o caminho.

Tudo isso era rodeado por um saco grande e muito peludo, tão peludo quanto o púbis, o que contrastava com o peito lisinho. Enfiei a rola fundo na garganta, quase engasgando com aquele membro duro como rocha, que mal cabia na minha boca.

Suguei cada gotinha daquele líquido pré-gozo e meu macho, espremendo os olhos, demonstrava estar absorto em prazer. Para enlouquecê-lo ainda mais, desci até o saco e depois de lambê-lo por cima dos pelos quase louros, enfiei as duas bolas em minha boca!

– Pára! Shhh... Tô quase gozando!

De repente, ele tira a pica da minha boca, de uma vez. Violentamente, me levanta pelas orelhas e me coloca de costas para ele, encostado no muro da distribuidora de gás. Foi a minha vez de gemer.

A língua era grossa e ágil. Meu macho retribuiu as carícias no meu pescoço e desceu, explorando cada pedaço das minhas costas. Ao chegar na bunda, abriu as duas bandas com as mãos e me fez a melhor cunete que já recebi na vida. Eu delirava na boca do cara.

Ato contínuo, vejo-o pôr a camisinha e investir contra meu rabinho apertado, que tentava resistir inutilmente. A cabeçorra passou, e eu dei um grito – mas ele não parou de meter.

Enfiava devagar cada centímetro daquela carne dura, que quase me estourava.

Minutos depois, a dor havia passado e tudo era só prazer. Ele encheu a camisinha de gala e eu, batendo uma, gozei pouco depois.

– Puta que pariu, delícia! – gritou.

Terminado o “processo”, eu vestia minhas calças, quando fui surpreendido pelo boy. Num passe rápido, tirou minha carteira do bolso: “Vamos ver o que mais você guarda aqui”. Era um assalto!

O rapaz, embora não estivesse com faca ou arma de fogo, era bem mais alto e forte do que eu e aproveitou-se disso e da minha situação, com as calças arriadas, para amarrar minhas mãos e pés com cintos (meu e dele) e meias. Em segundos, eu estava deitado na vala, com ele exigindo a minha senha bancária e me ameaçando com uma pedra.

Fiquei com medo e passei para ele. Ele me amordaçou com minha camisa e foi até o caixa eletrônico. Sacou R$ 100 da minha conta, o que dava para retirar naquele horário (antes de proibirem saques entre 22h e 6h da manhã) – e voltou.

Riu da minha cara, amarrado e vendo-o de posse de minha grana, mas quis abusar mais um pouquinho. Retirou a mordaça e me fez chupar seu pau de novo, até gozar e me obrigar a beber tudo. Hoje, ele virou meu amante oficial. Eu lhe sustento, e ele me come sempre que quer.


Obs.: recomendamos práticas seguras em todos os contatos sexuais