ENTREVISTA

Alan Dias: dançarino sexual

Sexo e dança têm uma identificação natural: ambos trabalham com movimento, usam a sensualidade e são gostosos de praticar. Alan Dias entrou no mundo do sexo por meio da dança. Dono de exuberantes olhos azuis, apresentava-se profissionalmente na boate Excess (hoje Josefine), em Belo Horizonte – até que, para nossa alegria, encantou o produtor e diretor Léo Botelho.

por João Marinho

Sex Boys: Alan, diz pra gente como o Léo descobriu você.
Alan Dias: Fui apresentado ao Léo num espetáculo do “clube das mulheres”. Na época, eu era mais magro e os outros dançarinos eram mais bombados que eu, mas acabava fazendo mais sucesso por causa do meu rosto. O Léo me chamou para fazer um filme pornô hétero, e eu topei. Tempos depois, me propôs um filme gay. Pensei um pouco e resolvi fazer pelo dinheiro.

SB: Dizem que esse primeiro filme gay [N.R.: segundo Léo Botelho, o filme chamava-se Primo] fez muito sucesso...
AD: Bom, depois que o filme foi lançado, o Léo me disse que recebeu, em menos de um mês, mais de 400 e-mails. Todo mundo queria saber quem eu era...

SB: E você continuou fazendo filmes gays porque gosta ou só pelo dinheiro mesmo?
AD: Ah, eu adoro fazer filmes de todos os gêneros!

SB: Mas tem alguma preferência?
AD: Já me perguntaram isso, e minha resposta é: amigo, adoro é meter, não importa o buraco [risos].

SB: Então, sexualmente, você se define como bi?
AD: Sim, sou bissexual, claro. Curto os dois.

SB: Na época em que você trabalhava dançando, houve alguma coisa que marcou, um acontecimento insólito, algo assim?
AD: Houve, sim. Fui agarrado e mordido na bunda!

SB: Uau! E você como você lidava com esse tipo de “liberdade”?
AD: Só não gostava quando saía dos limites do palco, mas confesso que adorava quando falavam que eu era gostoso...

SB: Dois “segredos”: qual é a parte do corpo que você mais gosta e a que você menos gosta no seu corpo [N.R.: que corpo!]?
AD: Gosto dos meus olhos, mas esconderia a panturrilha...

SB: Jura? Para nós, está ótima [risos]. E do que mais gosta no corpo de outra pessoa?
AD: Ah, da bunda!

SB: E o que você mais curte no sexo?
AD: Para mim, três nunca é demais. Adoro um bacanal. Troca de olhares me excita, adoro que beijem meu pescoço (é meu “ponto G”) e fico louco de tesão quando chupam meu pau – e adoro bunda! Como disse, é o que mais gosto em outra pessoa! Ah, e minha posição preferida, sem dúvida, é de quatro.

SB: Para finalizar: uma fantasia sexual e uma transa inesquecível.
AD: Tenho a fantasia de transar no elevador, mas a transa mais louca foi num curral, no interior de Minas.