AGOSTO
por Renan Freitas, leitor
Nem todos que a freqüentavam eram gays, mas todos se respeitavam entre si. Quando rolavam surubas, os participantes estavam cientes das particularidades de cada um - o que, no fundo, não fazia muita diferença, já que, quando se está no meio da farra, vale tudo, só não vale se arrepender depois.
Era o nosso lema. Naquela noite de agosto, estávamos eufóricos. Viajaríamos de van às 5h da manhã e resolvemos comemorar na véspera. Dois colegas iam dormir em casa, e optamos por tomar vinho até mais tarde. Envolvidos pelo torpor da bebida, transamos deliciosamente. Éramos ativos e passivos.
Ora eu dava para um e comia o outro, ora comia um que comia o outro e, então, era enrabado por um enquanto chupava o outro. Gostava de transar com eles. Um tinha a pica enorme e grossa, e eu adorava aquele pau fodendo meu cu. Ele enfiava até o talo, e eu rebolava e gemia de prazer, enquanto o outro chupava minha pica dura e eu chupava a dele num gostoso 69.
Trepamos muito, até que gozamos os três quase ao mesmo tempo. Senti meu rabo ser invadido por um jato de porra, enquanto meu pescoço era mordido com tesão. Minha boca também logo se encheu de gala, e simultaneamente gozei na boca do outro. Fizemos uma pausa, fumamos um cigarro, tomamos mais vinho e começamos a transar novamente.
Estávamos em êxtase! De repente, o telefone toca. Havia alguns meses, chegara um novo membro ao grupo. Sérgio, 19 anos, era inteligente e um tanto quanto sedutor, mas nunca deixava muito espaço para que eu pudesse me aproximar. Era ele do outro lado. Atendi com minha pica no cu de um dos rapazes e falava ao telefone sem parar de foder.
Sérgio queria ir dormir na minha casa, pois não queria perder a hora no dia seguinte. Meio a contragosto, concordei. Desliguei o telefone, gozamos novamente e aguardamos Sérgio chegar. Ao ver nossos dois amigos em comum, Sérgio ficou sem graça. Certamente, percebeu algo, mas nada disse. Aceitou um pouco de bebida e ficou tonto rápido. Os outros dois foram para o quarto, espalharam-se em colchonetes e dormiram.
Conversei um pouco mais com Sergio, até que resolvemos deitar também. Já eram 2h30min da manhã. Pus um colchonete para ele no quarto, perto dos outros dois que dormiam, e, na desculpa de estar muito calor, coloquei meu colchão ao lado. Resolvi que finalmente tiraria a prova dos nove. Depois de apagar a luz e passados alguns minutos, rocei meu pé no de Sérgio. "Se ele não reagir, finjo que foi um acidente e vou dormir", pensei. Subitamente, ele passou a mão na minha bunda. Virei rapidamente e tasquei-lhe um delicioso beijo, apertando seu corpo contra o meu, enquanto nossos paus endureciam juntos.
Sérgio, então, me disse baixinho, numa mistura de medo e tesão: "Tenha paciência comigo. Acho que sou gay, mas nunca transei com homens. Você será o primeiro". Chupei aquele cacete grosso que, de tão grande, quase nem cabia na minha boca. Ele chupava meu pau meio sem jeito, afinal, era a primeira vez. Coloquei o preservativo e meti gostoso naquele rabinho virgem. Ele se deliciava, e eu me sentia privilegiado por estrear aquele rabinho. Depois invertemos e comecei a dar para ele. Deitei de costas e levantei as pernas, e ele metia freneticamente enquanto me beijava. Apesar de tentarmos não fazer barulho, meus outros amigos acordaram e ficaram boquiabertos com a cena. Acenderam a luz. Sérgio ficou meio sem graça, mas não parou de meter. Logo, estávamos todos juntos, fodendo como nunca.
Pela manhã, fomos ao festival e nos divertimos à beça. Fiquei com outros caras e meus colegas também. Expliquei para Sérgio que éramos assim: transávamos, mas sem compromisso. Ao retornamos, tudo pareceu voltar ao normal. Depois, namorei Sérgio alguns meses e terminamos. Ficamos amigos. Ele definitivamente se aceitou e nunca mais ficou com mulheres. O tempo passou, o grupo se desfez, e eu me mudei para São Paulo. Há pouco tempo, fui pra lá, de férias. Sérgio estava sozinho, e passamos uma noite juntos. Foi maravilhoso transar com ele novamente - mas nenhuma outra noite marcou tanto a minha vida como aquela, aquela noite de agosto!