CONTO ERÓTICO


Vizinho de Ú é Ôla

por Rogério Bonzão

Ele se mudou para o meu prédio quando ainda éramos adolescentes. Seu nome é Tiago. A princípio, fiquei enlouquecido com ele, pois era meu tipo: magro, definido, cabelos curtos e pretos, pele branca e lisa, cara de moleque e jeitão de malandrinho, daqueles bem safadinhos.

Logo, éramos dois grandes amigos. Passávamos as noites assistindo a filmes em DVD e trocando ideias. Quando nossos pais saíam, assaltávamos o barzinho do meu pai e ficávamos bebendo até de madrugada, quando íamos deitar bêbados e sonolentos.

Foi numa dessas noites que tudo aconteceu. Eu nunca havia me pronunciado para ele, dito que era gay. Se ele sabia, não dizia nada.

Nessa noite em particular, meus pais haviam viajado, deixando o apartamento só pra nós. Estávamos bêbados e brincalhões. Entre empurrões, tapas e agarramentos, acabamos tirando as roupas para deitar, mas a brincadeira continuava.

Num momento, ele se sentou sobre mim, segurando meus braços, me imobilizando. Desisti da luta, mas não porque estava fraco, mas excitado. Aquela bunda só de cueca sobre meu pau era demais. Fiquei com medo de que reagisse com violência, mas então ele parou e me encarou. Um sorriso malicioso surgiu na sua boca quando começou a rebolar no meu colo. Fechei os olhos e ouvi sua risada. Meu pau latejava.

Ergui ambas as mãos, agora soltas, e alisei aquele peito liso e firme. Ele me segurou nos braços e conduziu minhas mãos pelo seu corpo, do peito ao pescoço, descendo pelas costas até as coxas.

Abri os olhos e o encarei. Ele se debruçou sobre mim e me beijou, sua mão escorregando pelo meu peito e agarrando firmemente meu pau. Soltei um suspiro dentro de sua boca. Ele ria o tempo todo. Para ele, aquilo era diversão.

Coloquei-o de joelhos sobre o sofá e comecei a beijar seu peito. Sua mão agarrou meus cabelos e empurrou minha cabeça para baixo, em direção ao pinto duro como pedra. Puxei a cueca dele para baixo, revelando aquele mastro belo. Abocanhei. Era só meu! Agarrei sua cintura e suguei-o com vontade, matando meu desejo havia tanto tempo reprimido.

Ele delirava e gemia alto, rindo sempre. Logo, não resistiu às minhas chupadas e caiu deitado. Mandou que eu sentasse na cara dele. Obedeci.

Senti sua língua rodeando meu cuzinho apertado enquanto seus dedos empurravam minhas nádegas pra longe. Penetrou-me com aquela língua quente, me fazendo gemer de tesão. Rebolei sobre sua cara, sentindo a barba áspera no queixo pontudo.

O tesão era tão grande que caí de lado. Sem vacilar, ele enfiou o pau na minha boca e segurou minha cabeça entre suas pernas, ao mesmo tempo em que abocanhava meu membro firme, sugando-o com uma vontade que superou a minha.

Seu pau era babão e minha boca logo ficou com o gosto do líquido que precede o gozo. Eu engolia cada gota que ele despejava, consciente de que não queria que aquilo terminasse nunca.

Mas ele ainda queria mais. Me pôs de quatro e voltou a chupar meu rabo. Ficou ali, me babando e sugando, até que eu estava pronto para receber qualquer coisa que ele quisesse introduzir em mim.

Ele encostou minha cabeça no colchão, deixando apenas minha bunda voltada pra ele. De pé na cama, brincou com os dedos por algum tempo, enlouquecendo-me enquanto descobria meu corpo. Mas, então, senti a cabeça inchada encostar na entradinha. Olhei pra ele e ele esperava minha autorização.

– Qual nada! Empurra pra dentro!

Senti seu membro me preenchendo aos poucos. Logo, éramos um só. Sua extensão me tornando uma parte dele, que ele manipulava como queria.

Deixei que fizesse o que quisesse comigo. Era meu sonho ser possuído por ele. Por isso, não me importei quando me tornei um verdadeiro brinquedinho.

Ele me comeu de todas as formas, testando novas posições e rindo das mais absurdas. Ergueu minhas pernas e socou, depois sentei sobre ele, em seguida, fiquei de quatro, depois deitado de lado...

Senti seu gozo quando ele me apertou a cintura. Apertei-o contra mim, mais e mais fundo, até que senti os jorros batendo contra as paredes internas do meu corpo. Fui preenchido com aquele leite sexual, que ele despejava aos montes. Leite que só serviu para nos unir ainda mais.

Aquela foi apenas a primeira transa. Muitas outras vieram. Hoje, estamos mais tranquilos. O sexo ainda rola solto, mas os segredos já não são segredos. Vinte e cinco anos se passaram e nossa história amadureceu. Hoje, conto-a como um exemplo de que o amor entre dois homens é possível – e que a felicidade pode ser alcançada por qualquer um de nós.


Obs.: recomendamos práticas seguras em todos os contatos sexuais