FETICHE
por Vides Júnior
Jefferson, paulista de 23 anos, conheceu seu primeiro namorado na adolescência. Seduzido pela conversa dos amigos, tinha certeza de uma coisa: não queria homem de dote pequeno. Quando, porém, partiu para a realidade, viu que a coisa não era bem assim: sentia dores na penetração e sempre interrompia o sexo: “Meus três primeiros namorados tinham um bom dote, mas o sexo nunca foi bom [...]. Até que conheci o Pedro [...]. Ele tem um pau de tamanho médio, e a relação entre nós é ótima!”, conta. O “tamanho médio” citado por Jefferson é 14 cm.
Quem também não se liga nos “gigantes” é o cearense Marcelo, 24 anos: “Prefiro os pequenos. Dói menos, e não sou chegado a dor”, reclama.
Quem vive na pele
O mineiro Eduardo, 19 anos, vive “na pele” a experiência de ter um pau mais modesto – mas não tem do que reclamar: “Tenho 13 cm [...] e nunca tive reclamações. O último cara com quem saí disse que era delicioso colocar inteiro na boca”.
Outro exemplo é o paulista Clayton, 30 anos: “A régua acompanhou meu pau desde os 13 anos [...]. Quando cheguei aos 18 e percebi que não teria mais que os meus 14 cm, me desesperei”.
O caso de Clayton chega a ser dramático. Envergonhado de seu pênis, ele não tinha coragem de transar. “Perdi a virgindade aos 24 anos porque acreditava que iam rir quando vissem [...]. Quando comecei a transar, fiz passivo durante três anos, mesmo não gostando”.
A liberdade veio quando ele conheceu Mário. Ao chegar ao motel, Clayton tinha certeza de que o parceiro era um ativaço convicto: “Fiquei tão surpreso quando ele veio me acariciar que me retraí [...]. Ele perguntou o que estava acontecendo, e eu falei. Estava prestes a chorar, quando ele disse que não estava nem um pouco preocupado”.
Mário mostrou o pau para Clayton, que constatou que o tamanho era o mesmo. “Ele queria dar pra mim, e aprendi na marra a ser ativo. Quando vi a forma como ele delirava, percebi que havia perdido um grande tempo com essa bobagem [...]. Só tive uma reclamação sobre o tamanho, mas você precisa ver o cu do reclamão”, brinca.
Não é documento
ASe você, leitor, tem entre 12 e 16 cm, está na média brasileira. Ademais, não há um tamanho certo para o pau. Claro que isso não significa que você está livre do preconceito – mas, se um dia, topar com alguém que o tenha, saiba que o problema não é seu, mas do “parceiro”.
Depois, como vimos aqui, pau pequeno tem, sim, seus fãs e é objeto de fetiche de muitos gays. Ademais, o importante, acima de tudo, é saber usá-lo com eficiência, o que não inclui querer adaptá-lo à régua...
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