CONTO ERÓTICO

Folia por trás

por Dagoberto Silva

Tudo indicava que o Carnaval daquele ano seria um fiasco. Por causa do trabalho, não pude comparecer um dia sequer nos ensaios da escola do meu coração. Tentei comprar ingresso pra arquibancada, mas cheguei atrasado e já tinham se esgotado. Meus amigos viajaram todos, e a chuva desestimulava qualquer ideia de ir a um bloco de rua.

Pelo menos, minha cidade, São Paulo, estava com pouco trânsito. Apesar de receber milhares de turistas, segundo os jornais - alguém já a apelidou de “túmulo do samba”, uma injustiça -, muita gente ia pro interior, litoral e outros estados.

Por isso, naquela noite, decidi sacudir a poeira e sair sozinho pra night. Vesti uma blusa por cima de uma camiseta transada e uma calça apertada. O tempo estava fresco, quase frio, incomum pra aquela época do ano, mas, na boate, o “calor humano” ia fazer toda a diferença - e a camiseta e o jeans que eu usava iam ser sucesso, com certeza.

Na metade do caminho, me estrepei. O ônibus quebrou! Como o outro demorava, decidi seguir a pé por uma parte do caminho até achar outra condução que me levasse à balada. Minutos depois, a chuva voltou a cair. Que azar!

“Não falta mais nada acontecer”, pensei comigo. Engano meu. Um carro passou por cima de uma poça e me deu um caldo. Eu fiquei muito p... Gritei e xinguei o motorista até a sétima geração - e aí, o carro deu marcha à ré e voltou onde eu estava.

O medo tomou conta de mim. Pensei em fugir, mas, na chuva, eu não tinha muito que fazer. Certamente, ia escorregar, e o cara, de carro, ainda me alcançaria. O vidro insulfilmado abaixou, e, então, eu vi algo que não esperava. Um cara lindo, loiro, de olhos azuis, barba por fazer e vestido de vampiro me encarou. Abriu um sorriso tímido e disse: “Me desculpa, cara. Quer uma carona? Assim, compenso o que fiz”.

Qualquer um recuaria, mas, como ele foi educado, e eu já estava molhado, pensei que era dos males o menor. Aceitei e, pra minha sorte, o carro estava superquentinho. “Pra onde você vai?”, perguntou. Eu disse o nome da balada, e ele respondeu: “Sei onde é. Fica no caminho pro baile pra onde vou” - e começou a seguir pelo caminho que eu conhecia.

Alguns metros à frente, no entanto, ele virou numa rua escura. Não era o caminho pra boate. “Pra onde você tá me levando cara?!”. “Calma, gostosinho. Você já vai ver”. Fiquei em pânico e tentei abrir a porta, mas o travamento automático estava ativado. Paramos num beco escuro embaixo de uma árvore. Pensei que fosse morrer - mas não foi isso que aconteceu.

O vampiro loiro virou pro meu lado, me agarrou com força e, antes que eu pudesse reagir, enfiou a língua na minha boca em um beijo molhado. Fui tomado de surpresa, mas não pude evitar: meu pau deu sinal de vida. Só aí, prestei mais atenção nele. Era extremamente alto, devia ter 1,95 m de altura. Musculoso, com uma tattoo que pegava o braço inteiro e aparecia até o antebraço descoberto. Não teria como resistir a um cara daqueles com meus parcos 1,70 m, e magricela.

Ao me ver excitado e já quase entregue, o vampiro loiro resolveu fazer jus à sua fantasia. Lambeu e chupou meu pescoço com vontade. Era meu ponto fraco, e gemi como uma putinha. “Cuidado, cara... Não deixa marca, por favor”, balbuciei. Ele não me ouviu e continuou chupando até quase arrancar pedaços do meu pescoço, enquanto sua mão grande e peluda abria minha calça e tomava uma banda inteira da minha bunda em um só aperto.

“Fiquei de olho em você desde a hora que saiu daquele ônibus. Quem manda usar uma calça apertadinha assim, hein? Delícia de bundinha que você tem!”, ele disse. Antes que eu pudesse traduzir minha surpresa em palavras, o vampiro já tinha descido os dois bancos, fazendo quase uma cama dentro do carro, e me virado de quatro pra ele com facilidade. Em uma puxada, rasgou minha cueca.

“Peraí, cara, que é is...”. Minha frase foi interrompida por um gemido. A língua do loirão invadia meu rabo com desenvoltura. Nunca ninguém tinha feito um cunete tão bom. Ele lambia desde o fim do meu saco até o começo das costas e enchia meu cuzinho de saliva.

Mandei tudo às favas e rebolei por instinto. Ele aproveitou para enfiar um de seus enormes dedos, depois outro e mais outro. Ficou um tempão nisso, e eu me espantava de ninguém aparecer naquele beco. Vi a hora em que ele veio por cima, tirou a camisinha e, num segundo, meteu num pau não muito grande - devia ter uns 17, 18 cm - mas incrivelmente grosso e de cabeça inchada e rosada.

A grossura me assustou. Recuperei o fôlego e tentei pedir para ir mais devagar. Em vão. Ele era rápido e, tapando minha boca, jogou o peso e toda a sua altura em cima de mim e deixou o pau bem na entrada do meu rabinho babado. Mexendo o quadril como um dançarino, foi abrindo espaço no meu rego e forçou a cabeça. Não entrou, mas ele não desistiu. Forçou, forçou e forçou até que passou. Eu gemi de dor.

“Xiu... Fica quietinho, fica...”, sussurrou ele no meu ouvido. Eu, com a boca firmemente tapada, não pude responder - e ele deu outra estocada. Senti meu cu sendo aberto e não acreditava que podia suportar toda aquela grossura. Eu gritaria, se pudesse me livrar daquela mão e daquele corpo todo em cima de mim, mas não conseguia me mexer.

Ele foi forçando e, a cada forçada, mexia o quadril, como se para alargar meu cuzinho. Nessa hora, eu já tinha perdido as forças e tudo que fazia era deixar as lágrimas rolarem enquanto ele me empalava sem dó.

O pau entrou todo, e ele ficou parado por uns momentos, não sei se para eu me acostumar ou para curtir meu sofrimento. A verdade é que, logo depois, começou o vaivém. Eu gemia e tentava morder a mão dele, agora toda babada, mas ele estava possuído e não se incomodava.

Passaram-se alguns minutos, mas, então, senti meu cuzinho lasseando. Já não doía tanto, e comecei a sentir um tesão absurdo. Meu pau ficou duro como pedra, e logo eu já estava sendo montado pelo loiro como uma égua por um cavalo.

Senti a pica dele entrando cada vez mais fundo e, num gemido alto, aconteceu algo inédito pra mim: gozei, sem nem tocar no meu pau.

O loirão, percebendo o que tinha acontecido, ficou doido. Tirou o pau pra fora, me deixando com uma sensação de vazio, me virou de frente e puxou meu cabelo até eu ficar cara a cara com a rola dele. Fez com que eu engolisse tudo e encheu a minha boca de leite, vindo me beijar em seguida. Depois, fez com que eu lambesse o banco do carro e limpasse minha própria porra dali.

Estávamos suados, e ele ligou o ar condicionado. Ajeitamos nossas roupas. O loiro me levou pra balada, como tinha prometido. No caminho, se apresentou. Chamava-se Mateus e me deu um cartão com seu telefone.

Eu, é claro, liguei, e fodemos durante toda a Quaresma. Desde então, namoro meu vampiro 100% ativo e loiraço há dois anos! Sem dúvida, foi o melhor Carnaval da minha vida...